As empresas mundiais de cartão de crédito têm arquivado o histórico das compras de seus milhões de usuários, construindo assim um perfil das aquisições de seus consumidores. Para acompanhar as mudanças tecnológicas que envolvem golpes digitais, mais especificamente, golpes financeiros, as grandes empresas de cartões passaram a investir em redes neurais na hora de “identificar” o que seus usuários costumam comprar.
Diferentemente das antigas regras estáticas utilizadas para avaliar o perfil do consumidor, as redes neurais conseguem estabelecer níveis de interpretações, tomadas de decisões e julgamentos muito mais apurados acerca do padrão de compra de determinado usuário do cartão. Assim, baseado apenas em dados registrados em um banco, esse sistema consegue desenvolver um estudo psicossocial apurado da população em que ele está inserido.
De acordo com o economista americano Ian Ayres, o banco de dados dessas empresas é tão gigantesco que é capaz de realizar previsões com até dois anos de antecedência, com intuito de antecipar possíveis atrasos nos pagamentos das faturas. Na dúvida, é melhor pensar duas vezes antes de “passar o cartão” porque o que seu vizinho não sabe, certamente, o seu cartão sabe.
Fonte: Revista Superinteressante. Edição 276. Março de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário